Muitos são os fatores que contribuem para a qualidade de um curso. Neste post, quero abordar a importância do Projeto Pedagógico de Curso, o famoso PPC. Tive a oportunidade de visitar inúmeras instituições de ensino, onde o PPC não era tão famoso assim e, por vezes, um ilustre desconhecido.
O PPC deve ser trabalhado pelo colegiado de curso com o apoio das equipes de gestão institucional (Diretor Pedagógico, Coordenador de Curso e Núcleos Pedagógicos), com base nos documentos institucionais, nas diretrizes dos órgãos reguladores da educação e na realidade social, econômica e ambiental da região atendida pelo curso.
É neste documento que definimos os objetivos gerais e específicos que pretendemos atingir e o perfil do egresso a ser formado. A partir destes pontos poderemos desenhar as competências e habilidades que o egresso deve estar apto a desempenhar, o perfil dos docentes que serão os facilitadores dessa formação, os espaços pedagógicos capazes de apoiar as práticas (salas de aulas, laboratórios e diversos outros espaços que possam ser utilizados no processo de ensino e aprendizagem), as ferramentas tecnológicas, as metodologias e as necessidades de interação com o mercado de trabalho, entre outros tópicos importantes. Até aqui, penso que não apresentei nenhuma novidade, então onde está o problema?
Volto ao primeiro parágrafo. Quando alguns ou a totalidade do corpo docente, dos colaboradores técnico-administrativos e dos estudantes não conhecem o Projeto Pedagógico do Curso e, muito menos, o perfil do egresso a ser formado, como poderão preparar o seu plano de aulas de forma a desenvolver as competências e habilidades previstas? Fica claro que tudo se inicia neste ponto, na elaboração conjunta de um documento tão importante e vivo, que é um dos guias da formação do estudante no contexto pretendido.
A partir deste momento, inúmeras possibilidades são abertas pela experiência diversificada do corpo docente e pelo conhecimento de cada um sobre a realidade de sua região.
O que fazer? Simples, o que for melhor para desenvolver aquele perfil de egresso e atender aos objetivos do PPC e aos objetivos institucionais. O céu é o limite. Podemos integrar o curso com outros da instituição ou com cursos de uma instituição parceira, através de projetos integradores e/ou trilhas de Aprendizagem. Os projetos e trilhas podem ocorrer em uma interface com o mercado de trabalho e/ou com a pesquisa e extensão. Podemos utilizar diversas metodologias ativas de aprendizagem e ferramentas tecnológicas, além de gerar certificações intermediárias ou por projetos/trilhas e/ou uma dupla certificação. As avaliações serão processuais, a gestão da aprendizagem rica em indicadores e muito mais.
Enfim, o restante é trabalhar o maravilhoso e apaixonante mundo da educação!